Nenhum de nós está imune ao que se passa a nível nacional, designadamente aos maus políticos que, desconhecendo ou fingindo desconhecer a realidade do país, no poder e na oposição, brincam com a sorte de um povo e pensam apenas na sua vidinha e privilégios que decidem para si próprios.
Recentemente, foi anunciado mais um pacote de austeridade para uma população massacrada e enganada. O Governo PS, só depois de obrigado pelos mercados internacionais, decide cortar na despesa pública, ficando, todavia, por generalidades em vários assuntos. Como naquilo que pode afectar a “boyzada” que, não fossem os “tachos”, estaria, provavelmente, a viver do Rendimento Mínimo!
A oposição de direita (CDS e PSD) fala em reduzir a despesa, mas vota com a chamada esquerda (PCP e Bloco) em medidas tendentes ao aumento da mesma e não o contrário. Paralelamente, defende as privatizações a esmo, sem querer, aparentemente, perceber que, em certas situações, nomeadamente na entrega a privados de sectores de monopólio natural local, isso contribuirá negativamente para as finanças públicas. Ao mesmo tempo diz que cabe apenas ao Governo fazer propostas, como que a fazer o papel de “pau de dois bicos” e não assumir o ónus de mais medidas impopulares.
A esquerda, ao mesmo tempo que defende o Estado, tem-se portado como autista quanto à necessidade imperiosa de conter o défice e a dívida pública. O aumento desta agrava as condições de financiamento a nível internacional, designadamente os juros, e… onde é que depois o Estado vai cumprir as suas obrigações. Isso acarretará mais necessidade de privatizações ou, então, transformarmos-mos numa nação fechada ao exterior, precisamente em algo parecido ao que fez do povo albanês o mais miserável (em termos sócio-económicos) a ocidente dos montes Urais.
Pena é que os políticos se empenhem mais numa retórica estratégica, a pensar no futuro voto de um povo “opiado” pelo futebol e telenovelas (e produtos associados) do que nos verdadeiros interesses do país. Falam em dignidade, mas não querem ter a dignidade de viver como um português médio (referimo-nos ao que traz para casa 800 a 900 euros mensais, a trabalhar, pelo menos, oito horas por dia ¬- e não o ordenado mínimo ou as minimalistas pensões de reforma).
Mereciam bem que estes portugueses os deixassem sós, a falar e a votar neles próprios! Porém, também é verdade, muitas vezes temos aquilo que merecemos… e, provavelmente, não merecemos coisa melhor!
Sem comentários:
Enviar um comentário