Portugal avança para a 3.ª fase do desconfinamento.
Discotecas reabrem a 1 de outubro e certificado deixa de ser obrigatório nos
restaurantes e hotéis. Máscara vai continuar em uso em alguns locais.
O fim dos certificados para acesso ao interior dos
restaurantes e a reabertura das discotecas a 1 de outubro foram duas das
medidas anunciadas pelo Governo esta quinta-feira, depois da reunião do
Conselho de Ministros.
Isto sucede a três dias das eleições autárquicas, cerca de uma semana antes da data prevista para o país atingir 85% da vacinação, altura anunciada em julho para a última fase do desconfinamento. É a primeira vez que é anunciada a data de entrada em vigor de uma medida antes de ser cumprida a meta para a implementar, o que dá espaço para as acusações de oportunismo eleitoral. Tanto mais que a vacinação só se torna efetiva 14 dias após última inoculação.
O primeiro-ministro, António Costa, disse ainda que o uso
obrigatório de máscara vai manter-se em algumas situações, como para o acesso
aos transportes públicos e nas grandes superfícies, como hipermercados e centros comerciais. Deixa de ser
necessária noutras ocasiões, como para o acesso a pequenos estabelecimentos de comércio
local ou nos recreios escolares.
Neste âmbito, terminam ainda os limites dos horários para os
estabelecimentos comerciais, deixam de vigorar os limites impostos à
restauração, espaços culturais e eventos de natureza familiar (casamentos e
batizados), bem como, termina a obrigatoriedade de apresentação de certificado
digital Covid na restauração, estabelecimentos turísticos e alojamento local.
DISCOTECAS SÃO ÚLTIMO SETOR A ABRIR PORTAS
Portanto, o certificado digital Covid-19 ou um teste negativo já não vão
ser necessários para aceder ao interior de restaurantes às sextas-feiras ao
jantar e aos fins de semana, a partir de 1 de outubro. Para além disso, também
deixará de ser obrigatório para entrar em estabelecimentos turísticos e
alojamento local, ginásios com aulas de grupo, termas e spas.
Já, conforme o previsto, as discotecas reabrem a 1 de outubro, com exigência de certificado digital ou teste covid. Há ano e meio que permanecem fechadas, o que levou já a que surgissem vozes a afirmar que a maior parte destes estabelecimentos de diversão noturna não tenham, neste momento, capacidade financeira para reabrir.
Já as
máscaras deixam de necessárias em restaurantes, bares e discotecas, sendo apenas obrigatórias em transportes, lares, hospitais, salas de espetáculos, grandes eventos e grandes superfícies.
TERCEIRA DOSE CONTRA A COVID E VACINA DA GRIPE
Na eventualidade de a terceira dose para maiores de 65 anos
ser aprovada pelo regulador europeu na próxima semana, António Costa quer
portugueses mais velhos vacinados até dezembro
A adoção do teletrabalho vai deixar de ser recomendada a
partir de 1 de outubro. Esse levantamento foi aprovado, esta quinta-feira, em
Conselho de Ministros, e faz parte da nova fase de desconfinamento em que o
país deverá entrar, já no próximo mês. Desse pacote, também consta a eliminação
da testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores.
Os centros de vacinação (CVC) contra a Covid-19 vão ser mantidos
tal “como existem”, como medida de precaução caso seja necessária a
administração de uma terceira dose da vacina contra a covid, revelou António Costa, após o
Conselho de Ministros.
Esta informação vem contrariar a indicação veiculada até
então pela task force. Em meados de setembro, a entidade
liderada por Henrique Gouveia e Melo referiu que “está a ser desenhado um plano
para a desativação gradual dos CVC cujo início deverá coincidir com a meta dos
85% com esquema vacinal completo“
A confirmar-se a administração de uma terceira dose da
vacina contra a Covid, o processo vai seguir em paralelo com a vacinação da gripe.
Além disso, o Chefe de Governo salientou, neste momento, a vacinação da gripe é
prioritária, dado que “é certa”.
“Entre a toma da
vacina da gripe e entre a eventual terceira dose da vacina anti-Covid tem que
mediar, pelo menos, 14 dias e, portanto, o planeamento está a ser feito”,
concluiu.
Mrep/eco