quinta-feira, 23 de setembro de 2021

COVID - 19: ÚLTIMA FASE DE DESCONFINAMENTO INICIA-SE A 1 DE OUTUBRO

Portugal avança para a 3.ª fase do desconfinamento. Discotecas reabrem a 1 de outubro e certificado deixa de ser obrigatório nos restaurantes e hotéis. Máscara vai continuar em uso em alguns locais.

 O fim dos certificados para acesso ao interior dos restaurantes e a reabertura das discotecas a 1 de outubro foram duas das medidas anunciadas pelo Governo esta quinta-feira, depois da reunião do Conselho de Ministros.

Isto sucede a três dias das eleições autárquicas, cerca de uma semana antes da data prevista para o país atingir 85% da vacinação, altura anunciada em julho para a última fase do desconfinamento. É a primeira vez que é anunciada a data de entrada em vigor de uma medida antes de ser cumprida a meta para a implementar, o que dá espaço para as acusações de oportunismo eleitoral. Tanto mais que a vacinação só se torna efetiva 14 dias após última inoculação.

O primeiro-ministro, António Costa, disse ainda que o uso obrigatório de máscara vai manter-se em algumas situações, como para o acesso aos transportes públicos e nas grandes superfícies, como hipermercados e centros comerciais. Deixa de ser necessária noutras ocasiões, como para o acesso a pequenos estabelecimentos de comércio local ou nos recreios escolares.

Neste âmbito, terminam ainda os limites dos horários para os estabelecimentos comerciais, deixam de vigorar os limites impostos à restauração, espaços culturais e eventos de natureza familiar (casamentos e batizados), bem como, termina a obrigatoriedade de apresentação de certificado digital Covid na restauração, estabelecimentos turísticos e alojamento local.

DISCOTECAS SÃO ÚLTIMO SETOR A ABRIR PORTAS

Portanto, o certificado digital Covid-19 ou um teste negativo já não vão ser necessários para aceder ao interior de restaurantes às sextas-feiras ao jantar e aos fins de semana, a partir de 1 de outubro. Para além disso, também deixará de ser obrigatório para entrar em estabelecimentos turísticos e alojamento local, ginásios com aulas de grupo, termas e spas.

 Já, conforme o previsto, as discotecas reabrem a 1 de outubro, com exigência de certificado digital ou teste covid. Há ano e meio que permanecem fechadas, o que levou já a que surgissem vozes a afirmar que a maior parte destes estabelecimentos de diversão noturna não tenham, neste momento, capacidade financeira para reabrir.

Já as máscaras deixam de necessárias em restaurantes, bares e discotecas, sendo apenas obrigatórias em transportes, lares, hospitais, salas de espetáculos, grandes eventos e grandes superfícies.

TERCEIRA DOSE CONTRA A COVID E VACINA DA GRIPE

Na eventualidade de a terceira dose para maiores de 65 anos ser aprovada pelo regulador europeu na próxima semana, António Costa quer portugueses mais velhos vacinados até dezembro

A adoção do teletrabalho vai deixar de ser recomendada a partir de 1 de outubro. Esse levantamento foi aprovado, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, e faz parte da nova fase de desconfinamento em que o país deverá entrar, já no próximo mês. Desse pacote, também consta a eliminação da testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores.

Os centros de vacinação (CVC) contra a Covid-19 vão ser mantidos tal “como existem”, como medida de precaução caso seja necessária a administração de uma terceira dose da vacina contra a covid, revelou António Costa, após o Conselho de Ministros.

Esta informação vem contrariar a indicação veiculada até então pela task force. Em meados de setembro, a entidade liderada por Henrique Gouveia e Melo referiu que “está a ser desenhado um plano para a desativação gradual dos CVC cujo início deverá coincidir com a meta dos 85% com esquema vacinal completo“

A confirmar-se a administração de uma terceira dose da vacina contra a Covid, o processo vai seguir em paralelo com a vacinação da gripe. Além disso, o Chefe de Governo salientou, neste momento, a vacinação da gripe é prioritária, dado que “é certa”. 

“Entre a toma da vacina da gripe e entre a eventual terceira dose da vacina anti-Covid tem que mediar, pelo menos, 14 dias e, portanto, o planeamento está a ser feito”, concluiu.

Mrep/eco

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