quinta-feira, 1 de julho de 2010

MONÇÃO CELEBRA O ALVARINHO

A Feira do Alvarinho, com o lema “Monção Berço do Alvarinho”, realiza-se, este ano, entre os dias 2 e 4 de Julho (amanhã e domingo), tendo como principal objectivo a promoção deste produto certificado da Sub-Região Demarcada de Monção e Melgaço.
Um evento apresentado em Viana do Castelo e que será oficialmente aberto pela ministra do Trabalho e Solidariedade, Helena André, que também se desloca a Monção para inaugurar uma creche em Mazedo, que tem uma área coberta de 530 metros quadrados, um investimento de 440 mil euros que acolhe 33 crianças e permitiu a criação de oito empregos.
O certame compreenderá uma carpa gigante que acolherá duas dezenas de produtores de Alvarinho. Ali será comercializado, exclusivamente, este néctar, a par de petiscos. Foi acordado que, ali, cada garrafa, independentemente do produtor, será vendida a 5, 5 euros. Algo que se consegue pela primeira vez no certame!
No total, serão perto de uma centena de expositores, incluindo os ligados ao artesanato local e à gastronomia. Estes distribuir-se-ão por 17 standes, incluindo os sete restaurantes que participam no certame. Este tem orçamento que anda pelos 100 mil euros, segundo afirmou o vereador Augusto Domingues durante a apresentação do evento em Viana do Castelo.
A animação da feira registará a presença dos popularuchos Quim Barreiros (sexta) e Zezé Fernandes (sábado). O domingo é também dedicado ao Cabrito à Moda de Monção, em processo de certificação, também conhecido pela brejeira designação de “Foda de Monção”. Na apresentação da feira, em Viana do Castelo, isso motivou um curioso trocadilho na pergunta de um jornalista. Este perguntou se o “Alvarinho era bom para a Foda”. Na resposta, o vereador Augusto Domingues não se desfez e respondeu que era o prato que melhor se identifica com os monçanenses e ser uma boa opção acompanhá-lo com Alvarinho.
A Feira do Alvarinho – que alcança a autonomia, após, durante vários anos, ter estado inserida na programação de outras iniciativas locais — é organizado pela Câmara local, pela Associação de Produtores de Alvarinho e pela Associação Comercial e Industrial de Monção e Melgaço.
A casta Alvarinho é a mais cara no mercado nacional e o preço da uva chegou a ser pago, no ano passado, 1, 15 euros/quilo como preço máximo. Produzido em áreas dos concelhos de Monção e Melgaço, gera um volume de receitas na ordem dos 20 milhões/euros ao ano, segundo Miguel Queimado, da Associação de Produtores de Alvarinho (APA).
Há cerca de 1800 viticultores que produzem cerca de 5 milhões de litros de vinho. Todavia, só 1, 5 milhões é comercializado (engarrafado) como Alvarinho, face às exigências de qualidade. Destes, 15 por cento é para exportação, designadamente para os países onde a presença dos nossos emigrantes é mais forte.

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