Desemprego, pobreza e desertificação continuam a marcar o concelho de Monção. Os últimos dados conhecidos do Instituto de Emprego e da Rede Anti-Pobreza confirmam isso, sem margem para "desmentidos".
Só no Centro de Emprego, estão inscritos mais de 400 monçanenses. Entre eles, dezenas de licenciados. Outro motivo é a precariedade das relações laborais. Isto porque a principal razão para o desemprego foi o fim do trabalho não permanente e o facto de não haver nenhum despedimento por mútuo acordo.
Paralelamente, existe a pobreza e o envelhecimento da população. Há mais gente a morrer que a nascer e o chamado “êxodo rural” é evidente. É o segundo concelho do distrito com maior índice de envelhecimento. Por outro lado, é também dos de menor rendimento per capita, 58 por cento da média nacional. A pobreza é evidente, sobretudo, entre os idosos, cujo valor médio anual das pensões anda pelos 2800 euros.
Um cenário nada animador, apesar das “esperançazitas” das recentes aberturas de médias superfícies comerciais, da futura dinamização da área termal e, sobretudo, das empresas que já ocupam quase toda a área disponível na Zona industrial da Lagoa. Na sede do concelho assiste-se, ainda, ao furor da especulação imobiliária. Os jovens que se vão mantendo por Monção preferem, face á cada vez menores condições nas aldeias, ir morar para a vila. Por outro lado, a entreposto logístico da Galiza/Norte de Portugal, em Salvaterra, é um cenário animador para muitas famílias, em termos de emprego estável, com ordenados decentes. Não é por acaso que o betão também cresce por todos os lados na vizinha vila galega! Muita gente acredita que será o “el dorado” para estes municípios fronteiriços e os empreiteiros (e agências imobiliárias) aproveitam para construir e vender a preços absolutamente exorbitantes.
1 comentário:
Gostaria de conhecer o profil do desempregado actual na regiao. Como se explica uma subida do desemprego ( actualmente 400 pessoas ) numa regiao onde as empresas vieram se instalar, a baixo custo de mao de obra e a porta do " polo novo da Galicia"?
Qual é o profil do novo trabalhador da regiao?.
"Outro motivo é a precariedade das relações laborais. Isto porque a principal razão para o desemprego foi o fim do trabalho não permanente e o facto de não haver nenhum despedimento por mútuo acordo."
Como se explica uma tal precariedade? Quais sao as posiçoes economicas, politicas para ameliorar essa situaçao?
Fora o lado epresarial qual é a estrategia local para desenvolver o Termal e as suas actividades? Nao sera um polo a dinamisar?
A historia e muralhas da vila tambem podem ser um vector a valorisar para o "eixo turismo" da regiao.
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