“Valença precisará, Monção não!”. Foi assim (durante uma conversa mantida no domingo da lampreia) que o vice-presidente da Câmara de Monção, Augusto Domingues, reagiu à possibililidade que os monçanenses agora dispõem, face aos recentes acordos, de parcerias transfronteiriças, entre Portugal e Espanha, de recorrer à assistência médica no lado de lá, com acesso livre e financiado pelo Serviço Nacional de Saúde.
Na vizinha Valença são muitos os que recorrem ao lado de lá, incluindo o homólogo de Augusto Domingues na autarquia local. Mas o vice de Monção considera que, com a instalação do Serviço de Urgência Básica, esta vila fica melhor dotada de serviços de saúde! Na sua opinião, a única coisa a fazer é pressionar a administração central para que as obras avancem e se prescinda, rapidamente, dos contentores onde, provisoriamente, aquela funciona.
Augusto refere, mesmo, as situações com que se deparou com sua mãe, de nacionalidade espanhola, para garantir que do lado de lá não há concorrência à altura, a não ser, claro, já em Vigo (Puxeiros). De resto, compreende que os valencianos tenham um sentimento diferente, dado que, assegura, não têm as condições de Monção, em termos de prestação de cuidados de saúde.
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