Já não era sem tempo! O governador civil convocou, para 30 de Janeiro, as eleições intercalares na autarquia de Merufe. Até lá, nomeada pelo mesmo, está em funções uma Comissão Administrativa liderada pelo nº 1 da lista mais votada em Outubro de 2009. A primeira medida desta foi o de garantir o pagamento dos salários aos funcionários da Junta de Freguesia.
Ao longo deste tempo, com graves prejuízos para Merufe, não se registou entendimento entre os eleitos nas últimas eleições autárquicas quanto à formação da junta. O governador civil, Pita Guerreiro, argumentou que convocou eleições intercalares em nome do “superior interesse público”, depois de consultar a Comissão Nacional de Eleições.
“Após uma série de tentativas para instalar a junta, todas infrutíferas, chegou-se à conclusão que a única solução era convocar eleições intercalares, porque a freguesia não podia continuar parada por mais tempo”, referiu.
Em 11 de outubro de 2009, as eleições para a Assembleia de Freguesia de Merufe foram disputadas por três listas, todas independentes.
Ganhou a liderada por Márcio Alves, mas sem maioria absoluta, já que conquistou quatro mandatos, tantos quantos os conseguidos pela lista de Hélder Dias, tendo a terceira lista, encabeçada por Durval Gonçalves, conseguido um mandato.
A Assembleia de Freguesia foi instalada, mas nunca houve acordo quanto à constituição da Junta, já que Márcio Alves exigia dois lugares no executivo desta, enquanto os outros candidatos queriam que ele fosse constituído por um elemento de cada lista.
As diversas reuniões convocadas para tentar ultrapassar este impasse revelaram-se infrutíferas, continuando Merufe sem junta. Além de não poder fazer obras, a freguesia viu-se também impedida de pagar os salários aos seus sete funcionários, que já não recebiam há 11 meses.
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