terça-feira, 4 de agosto de 2020

ANSELMO MENDES É O NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE ALVARINHO

O novo presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA) de Monção & Melgaço defendeu  a Denominação de Origem (DO) por considerar que seria a “cereja no topo do bolo” para um vinho de excelência.

Um dos objetivos da nova direção passa pela criação de uma Denominação de Origem (DO) para o Alvarinho, dentro da região dos vinhos verdes. É um objetivo que poderá demorar dois a três anos, para podermos criar uma sub-região ainda com maior excelência. A DO seria a cereja no topo do bolo“, disse esta sexta-feira, o enólogo Anselmo Mendes.

A nova equipa para o triénio 2020/2022, foi eleita no dia 22. A direção presidida por Anselmo Mendes integra ainda os produtores Joana Santiago, da Quinta de Santiago, e Paulo Rodrigues, da Quinta do Regueiro.

Outro dos projetos da nova direção, a concretizar nos próximos cinco anos, passa por “fazer a caracterização da região, criando uma “biblioteca” que “mostrará, de forma científica, a razão da diferenciação da sub-região Monção e Melgaço”.

“Queremos identificar as quintas que existem ao longo do vale do Minho, na sub-região Monção e Melgaço, para fazer uma zonagem vínica do território e criar uma biblioteca para a abrir à comunidade, aos jornalistas nacionais e internacionais da especialidade e aos produtores para se perceber que dentro de uma microrregião ainda há diferenciação”, explicou.

Segundo Anselmo Mendes o acordo que alarga, em 2021, a produção de Alvarinho a outras zonas do país, “fez crescer as vendas e a notoriedade do vinho” que se produz na sub-região, mas defendeu que “ainda há espaço para fazer mais”.
“Já demos um grande passo com o acordo e com o que se tem feito nesta região que é a locomotiva do vinho verde, mas ainda temos espaço para ir mais em frente. Não queremos só fazer promoção, mas também, juntamente com as universidades estudar um bocado aquilo a que chamam de ‘terroir’. Perceber melhor o que é que ele imprime ao vinho“, especificou.

Em 2015, a produção de Alvarinho foi alargada a outras zonas do país, fora dos dois concelhos do distrito de Viana do Castelo em resultado de um acordo alcançado pelo Grupo de Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo anterior Governo PSD/CDS e liderado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (VRVV), defensora do uso da denominação Alvarinho aos 47 municípios que a integram.

A portaria (n.º152/2015), que permite liberalizar o uso da denominação Alvarinho na região dos vinhos verdes, estabeleceu que a exclusividade de Monção e Melgaço na produção de Vinho Verde Alvarinho se manteria até 2021.

L.

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