domingo, 21 de fevereiro de 2021

MONÇÃO COM SETE AGÊNCIAS BANCÁRIAS NUM ALTO MINHO COM CERCA DE 80

 Nos 10 concelhos do Alto Minho, existem à volta de oito dezenas de agências bancárias, entendidas como instalações de atendimento, dotadas de pessoal habilitado e onde se efetuam a generalidade de todas as operações bancárias. Neste contexto, Monção tem sete agências e é o 5º concelho que as tem em maior número. Existe ainda um promotor, mas não pode ser considerado agência.

Viana do Castelo* está na 1ª posição, com 18 agências na cidade, 1 na vila de Darque, 4 na vila de Barroselas, 1 em Lanheses e 1 em Castelo do Neiva. Segue-se Ponte de Lima, com 9 na sede do concelho, 1 em S. Julião de Freixo e 1 em S. Martinho da Gandra. Vem depois a cidade de Valença*, com 9, e o concelho de Caminha, com 8 (4 na vila de Caminha e 4 em V. P. Âncora).

Depois, só existem agências nas sedes de concelho. Após as sete de Monção*, estão 5 em Melgaço, 5 em Arcos de Valdevez, 4 em Ponte da Barca, 3 em Paredes de Coura e 2 em V. N. Cerveira.

À semelhança do que sucede no resto do país, o Crédito Agrícola é a entidade bancária com mais agências no Alto Minho (16).

Nota, ainda, que, a par da ascensão da banca digital e a entrada de novos agentes (Fintechs e BigTechs) , o fator da emigração (captar as suas poupanças) já não tem a importância que tinha ainda há poucas décadas. Hoje, o potencial económico e industrial do concelho, a par da sua localização e número de habitantes, desempenham o principal e decisivo papel.




SANTANDER É O MAIOR BANCO

Entretanto, o Santander ultrapassou recentemente o banco português de capitais públicos (CGD) como maior banco em Portugal. Já o Millenniumbcp, o banco com maior número de trabalhadores, aproxima-se da segunda posição.

Um estudo sobre os principais desafios para a banca portuguesa num período pós-pandemia, realizado pela consultora Roland Berger e conhecido esta semana, recomenda fusões entre os principais bancos nacionais para garantir a viabilidade do sector.

Além de um número de agências bancárias superior à média europeia em 58%, a banca nacional caracteriza-se ainda por uma "reduzida produtividade dos seus colaboradores, acumulação de excessos de liquidez e uma dimensão reduzida dos bancos portugueses face a outros mercados".

O estudo, que faz uma caracterização das principais alavancas que vão condicionar a performance dos bancos portugueses, recomenda ainda a "redução de custos em larga escala" e a criação de um grande banco nacional.

Numa nota enviada à Lusa, a consultora diz que os bancos portugueses vão enfrentar "um conjunto significativo" de desafios que exige a transformação dos seus modelos de negócio.

"A banca portuguesa necessita de uma forte transformação disruptiva", afirmou o presidente da Roland Berger Portugal, António Bernardo, citado na mesma nota.

De acordo com este estudo, a banca nacional caracteriza-se atualmente por um "excessivo peso das moratórias na sua carteira de crédito, um rácio de eficiência insuficiente e deterioração da rentabilidade do sector para níveis abaixo do custo de capital, o que cria grandes desafios à capitalização dos bancos".

Para fazer face a este cenário, e de forma a garantir o futuro da banca nacional, o estudo da Roland Berger Portugal aponta várias soluções possíveis, destacando-se "o aprofundamento do processo de consolidação no espaço dos maiores bancos portugueses (onde se encontra, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium bcp ou o Novo Banco), potenciando a criação de um grande banco nacional com ativos no valor de 200 mil milhões de euros".

"Por outro lado, deve ser reforçada a estrutura de média dimensão, sendo o Crédito Agrícola apontado com um potencial consolidador bancário", refere a mesma nota.

Como exemplo de bancos médios que o Crédito Agrícola poderia consolidar, a Roland Berger aponta o Montepio ou o EuroBIC, reforçando a estrutura de bancos de dimensão média, com ativos entre 80 mil e 120 mil milhões de euros.

O estudo realizado pela Roland Berger, com o apoio do Centro de Competências global de Financial Services, aponta também para movimentos de consolidação entre bancos de pequena dimensão que assegurem um mínimo de massa crítica no sector, reforçando a estrutura de bancos no intervalo entre 10 mil e 20 mil milhões de euros.

"Também aqui alguns bancos de reduzida dimensão podem enfrentar desafios a prazo se não crescerem, como o Eurobic ou BNI Europa, e alguns (como por exemplo o Abanca) podem vir a ser consolidadores e outros serão consolidados", refere a mesma nota.

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