quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Monção lança a concurso obras de valorização ambiental de mais de 360 mil euros

 A Câmara de Monção lançou a concurso público duas obras de valorização ambiental, pelo valor base global de 363.500 euros, para “reforçar atratividade turística" deste concelho , disse hoje o presidente da Câmara.

Em declarações à agência Lusa, o autarca António Barbosa referiu que uma das obras lançada a concurso público, pelo valor de 150.500 euros, visa a continuidade da ecovia do rio Minho, entre as Caldas e a freguesia da Bela.

“A ligação das Caldas à Bela, desenvolvida em três fases, é um trajeto ecológico com um cenário deslumbrante sobre o rio Minho e a margem galega. Além de potenciar a atividade física e prolongar a Ecopista do Rio Minho, este percurso ambiental, com grande simbolismo ligado ao contrabando, permite reforçar a atratividade turística no nosso concelho”, disse o autarca.

Segundo António Barbosa, “com a primeira fase concluída avança, neste momento, a segunda fase, com abertura do respetivo procedimento concursal, após aprovação no Programa Operacional Norte 2020”.

“Para a ligação ficar completa, ainda falta mais uma fase, a qual proporcionará uma ligação pedonal ao concelho galego de As Neves”, acrescentou.

A construção do troço lançado a concurso público no final de janeiro, “com extensão de quilómetro e meio, será implantado nas encostas do rio Minho, presença constante ao longo de todo o percurso”.

“Terá início na zona do Posto Aquícola, terminando no antigo posto da Guarda Fiscal (Posto do Piscoto), no limite entre a União de Freguesias de Monção e Troviscoso e a freguesia de Bela” referiu.

A primeira fase da ecovia, que representou um investimento 120 mil euros, está concluída desde o passado verão, ligando o Parque das Caldas ao Posto Aquícola”.

“Com pouco mais de um quilómetro de extensão, o trajeto está carregado de simbolismo, uma vez que alguns locais eram utilizados pela população na passagem ilegal de mercadorias (contrabando), de um lado para o outro da fronteira”, especificou.

Nesse percurso, “junto a uma pesqueira recuperada, foi construído um passadiço elevado em madeira com, aproximadamente, 55 metros de extensão, sendo que uma ponte de betão armado deu lugar a uma nova ponte em madeira”. Já no Posto Aquícola, localiza-se um parque de merendas.

O futuro ecoparque de Tangil foi a outra obra lançada a concurso público, pelo valor base de 213 mil euros.

“O projeto enquadra-se numa estratégia global de valorização do Rio Mouro, apresentando-se numa perspetiva de complementaridade aos restantes projetos, visando o reforço da vertente cultural, ambiental e turística da região do Vale do Mouro”, disse António Barbosa.

O espaço terá “uma área total de 2.751 metros quadrados, e tem como objetivo a valorização daquela zona próxima do rio Mouro, atribuindo-lhe um conjunto de novas funcionalidades, com vocação ambiental e recreativa, para fruição da população local e dos visitantes”.

“Aproveitando a topografia do terreno, disposto em três patamares alinhados com o corredor fluvial, o projeto contempla três zonas distintas”, especificou.

No primeiro patamar, “pretende-se a criação de condições efetivas para acesso pedonal e aparcamento de veículos e bicicletas, bem como a construção de um anfiteatro ao ar livre, com funções polivalentes, destinado à realização de eventos culturais, palestras temáticas e iniciativas de cariz educativo/ambiental”.

No segundo, “está projetada a construção de um edifício de apoio às diferentes valências, constando de receção, loja comunitária, espaço expositivo e bar gastronómico”, compreendendo, também, áreas de fruição da natureza (circuito ecoaventura, oficina ecológica e área social/artística)”.

Mais próximo do rio, “a intervenção no terceiro patamar incidirá, basicamente, na limpeza das margens e do coberto vegetal existente, erradicação das espécies infestantes e valorização da galeria ripícola e vegetação autóctone”.

A.L.


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